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Relembre a Trajetória da Fiat Fiorino Pickup

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Quando você pensa em picapes compactas, é impossível não lembrar da Fiat e de sua importância nesse segmento. A Fiat começou essa trajetória no Brasil em 1980 com o lançamento da Fiat City, derivada do icônico 147. Porém, foi com a Fiat Fiorino Pickup, lançada em 1988, que a marca consolidou sua presença nesse mercado. A picape, derivada do Fiat Uno, foi projetada para atender às necessidades de quem buscava um veículo robusto, econômico e eficiente para o trabalho diário. Vamos explorar a história fascinante desse modelo que deixou sua marca na indústria automotiva brasileira.

O Início de Tudo: Fiorino Pickup em 1988

Imagem: Divulgação

Lançada em agosto de 1988, a Fiat Fiorino Pickup era uma evolução natural da Fiat City, que havia saído de linha junto com o 147 em 1986. Derivada do Fiat Uno, que já era sucesso de vendas no Brasil desde 1984, a Fiorino Pickup chegou ao mercado com duas opções de motorização 1.3:

  1. A gasolina: Desenvolvia 58,2 cv de potência e 10 kgfm de torque.
  2. A álcool: Oferecia 59,7 cv de potência e o mesmo torque.

Apesar do desempenho modesto, com velocidade máxima entre 140 km/h e 150 km/h, o destaque da picape estava na economia de combustível, um fator crucial na época. Além disso, ela era prática, com capacidade de carga de 620 kg e uma caçamba que comportava 967 litros, ideal para quem precisava de um utilitário compacto e funcional.

Evolução Rápida: Suspensão, Motor e Reclamações

Imagem: Divulgação

Com o passar dos anos, a Fiorino Pickup recebeu melhorias significativas. Em 1989, a Fiat revisou a geometria da suspensão, o que reduziu o desgaste dos pneus e aprimorou a dirigibilidade. No entanto, muitos consumidores reclamavam da falta de potência do motor 1.3, especialmente ao transportar cargas pesadas.

Em resposta, a Fiat introduziu em 1990 o motor 1.5 Fiasa, que entregava 71,4 cv de potência e 12,9 kgfm de torque. Embora fosse mais potente, esse motor apresentava maior nível de vibração e aspereza, especialmente em comparação com o motor 1.6 Sevel, disponível em outros modelos da Fiat.

Modernização e a “Frente Baixa”

Imagem: Divulgação

Em 1991, toda a linha baseada no Uno recebeu uma atualização visual conhecida como “frente baixa”, caracterizada por faróis e grades mais estreitos. Essa mudança foi acompanhada do lançamento do motor 1.6 Sevel, que trouxe mais potência à Fiorino Pickup:

  • Gasolina: 84 cv e 13,7 kgfm de torque.
  • Álcool: 88 cv e o mesmo torque.

Com esse motor, a picape acelerava de 0 a 100 km/h em 12,2 segundos, tornando-se uma opção mais ágil e robusta. A versão topo de linha, a LX HD (Heavy Duty), passou a incluir acessórios como santantônio e faróis de longo alcance.

Normas de Emissões e o Motor 1.6 MPI

Imagem: Divulgação

A partir de 1992, normas mais rígidas de controle de emissões exigiram o uso de catalisadores nos motores, o que reduziu a potência de alguns modelos. Para contornar essa situação, a Fiat lançou em 1993 o motor 1.6 MPI com injeção multiponto, que entregava 92 cv e 13 kgfm de torque. Essa melhoria reforçou a posição da Fiorino Pickup como uma picape confiável e eficiente para o transporte de cargas leves.

A Revolução de 1994: Suspensão e Motor 1.0

Imagem: Divulgação

Em 1994, a Fiat fez uma mudança importante na suspensão traseira, adotando um eixo rígido com feixes de molas longitudinais. Essa alteração eliminou a necessidade de alinhamento das rodas traseiras e melhorou significativamente a capacidade de carga. No mesmo ano, surgiu o motor 1.0 Fiasa, que entregava 56,1 cv e 8,2 kgfm de torque, tornando-se o 1.0 mais potente do mundo na época.

Apesar da potência limitada, a introdução do motor 1.0 ajudou a Fiorino Pickup a competir em um segmento de entrada, oferecendo economia de combustível sem abrir mão da funcionalidade.

Versão Trekking: Robustez e Estilo

Em 1995, a Fiat lançou a versão Trekking da Fiorino Pickup. Com um visual mais aventureiro, essa versão trazia:

  • Suspensão elevada.
  • Capota marítima.
  • Adesivos laterais.
  • Pneus maiores e reforçados.

Essa configuração foi bem recebida pelos consumidores e inspirou a Fiat a ampliar essa abordagem em outros modelos, como a futura Fiat Strada.

Os Últimos Anos de Glória

Imagem: Divulgação

Nos últimos anos de produção, a Fiorino Pickup continuou a receber atualizações. Em 1996, o motor 1.5 Fiasa passou a contar com injeção eletrônica multiponto, aumentando a potência para 76 cv. Foi também nesse ano que a versão Working foi lançada, substituindo as versões básicas e LX.

Infelizmente, com o lançamento da família Palio, a Fiorino Pickup começou a perder espaço no mercado. Modelos como o Prêmio e a Elba, que compartilhavam a mesma plataforma, saíram de linha em 1996. Em 1998, após 10 anos de mercado e cerca de 135.500 unidades vendidas, a Fiorino Pickup deu lugar à nova geração de picapes compactas da Fiat, lideradas pela Fiat Strada.

O Legado da Fiat Fiorino Pickup

Imagem: Divulgação

A Fiat Fiorino Pickup foi mais do que apenas uma picape compacta. Ela representou um marco na história da Fiat no Brasil, oferecendo uma combinação única de economia, versatilidade e robustez. Durante seus 10 anos de produção, o modelo conquistou milhares de consumidores, deixando um legado que se reflete até hoje em sucessores como a Fiat Strada, líder de vendas no segmento.

Para você, que é apaixonado por carros ou busca inspiração na história automotiva, a trajetória da Fiorino Pickup mostra como inovação e adaptação às necessidades do mercado podem criar veículos memoráveis. Seja em estrada de terra, carregando materiais ou como ícone nostálgico, a Fiorino Pickup permanece viva na memória dos brasileiros.

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