Você, que vive ligado nas novidades mais radicais do universo automotivo, com certeza vai se impressionar com o que a BYD está preparando — ou melhor, o que ela já registrou oficialmente no Brasil. Trata-se do Super 9, um supercarro elétrico conceito, assinado por sua divisão de luxo Fang Cheng Bao, que está fazendo barulho no mundo todo por dispensar completamente o teto e o para-brisa, adotando um visual inspirado em modelos icônicos como o Aston Martin V12 Speedster.
Mas, diferente de tudo que você já viu antes, esse conceito da gigante chinesa BYD leva o radicalismo estético e aerodinâmico a um novo nível, combinando design ousado, tecnologia de ponta, referências aos videogames e um interior com visual de carro de Fórmula 1.
Se você curte inovação extrema, estilo futurista e quer saber como esse modelo pode impactar o mercado brasileiro — mesmo que indiretamente — prepare-se para mergulhar em todos os detalhes do incrível BYD Super 9.
Um presente ousado de aniversário
O Super 9 não nasceu por acaso. Ele foi concebido como uma comemoração dos 30 anos da BYD, que hoje é uma das maiores fabricantes de veículos elétricos do mundo. Para celebrar essa trajetória meteórica, a empresa decidiu mostrar do que é capaz através de sua submarca Fang Cheng Bao, especializada em modelos de luxo com apelo esportivo.
Ao registrar o modelo no INPI (Instituto Nacional da Propriedade Industrial), a BYD não apenas protege os direitos de propriedade intelectual do design no Brasil, como também reforça sua ambição global de se posicionar como referência também no segmento de superesportivos elétricos, algo que até pouco tempo atrás era dominado por marcas europeias e americanas.
Visual extremo que foge de qualquer padrão

A primeira coisa que você nota ao olhar o Super 9 é que ele não se parece com nada que está nas ruas atualmente. O carro não tem teto, não tem para-brisa, não tem janelas laterais. Isso mesmo: ele foi projetado para desafiar os limites do design automotivo convencional. Essa proposta remete ao que você vê em modelos como o Aston Martin V12 Speedster ou o McLaren Elva, mas com uma linguagem visual muito mais ousada e ligada à estética digital.
Criado pelo designer alemão Wolfgang Eggert, que já trabalhou com Lamborghini e Audi, o Super 9 carrega em seu DNA elementos típicos de videogames de corrida. Você percebe isso nas linhas afiadas, nos detalhes em fibra de carbono, nas portas com abertura tipo tesoura e nos acessórios futuristas, que mais parecem saídos de um universo virtual.
Frente agressiva, traseira marcante
Quando você observa a parte dianteira do Super 9, o que salta aos olhos é o capô longo e esculpido, com formas musculosas e ao mesmo tempo refinadas. Os faróis recortados trazem uma assinatura luminosa única, reforçando a identidade do carro mesmo durante a noite. O para-choque frontal é repleto de entradas de ar generosas, pensadas para otimizar a refrigeração e, claro, causar impacto visual.
Já a traseira adota uma abordagem mais emocional. As lanternas em LED têm formato inspirado no logotipo da Fang Cheng Bao, criando uma assinatura visual personalizada e futurista. O conjunto ainda inclui difusores aerodinâmicos, linhas horizontais bem marcadas e um posicionamento mais baixo, o que reforça a sensação de velocidade e agressividade mesmo quando o carro está parado.
Fang Cheng Bao: entre Yangwang e Denza
Você talvez ainda não esteja familiarizado com as marcas de luxo da BYD, mas vale entender como o Super 9 se encaixa nesse ecossistema. A Fang Cheng Bao é uma das divisões premium da montadora chinesa, posicionada entre a Yangwang (ultraluxo) e a Denza (luxo familiar).
Enquanto a Yangwang foca em modelos extremamente tecnológicos e sofisticados, como o SUV U8 e o hipercarro elétrico U9, e a Denza se concentra em sedãs e SUVs premium com proposta mais familiar, a Fang Cheng Bao atende um público mais entusiasta, apaixonado por performance, exclusividade e design futurista.
Nesse contexto, o Super 9 aparece como uma vitrine de possibilidades. Mesmo que você nunca o veja nas ruas, ele antecipa soluções que podem ser aplicadas em carros mais acessíveis da marca no futuro.
Interior separado e sensação de corrida
Agora, vamos falar do que você encontra ao sentar-se dentro do Super 9 — ou melhor, ao entrar em cada um dos dois cockpits. Sim, porque o carro possui interior com cabine separada para cada ocupante, como se fossem dois espaços individuais unidos apenas por uma estrutura central em fibra de carbono. Essa ideia reforça o sentimento de exclusividade e individualidade, além de remeter diretamente à configuração de carros de corrida.
Não há sistema de entretenimento, tampouco uma abordagem tradicional de conforto. O foco aqui é imergir você em uma experiência extrema, onde cada detalhe foi pensado para remeter ao automobilismo de alta performance. O volante em formato de manche de Fórmula 1, com botões multifuncionais e comandos de ajuste de potência, é uma prova disso.
Como o carro não tem teto nem para-brisa, o contato com o vento é constante. Existe apenas um pequeno defletor frontal transparente que direciona o ar para longe do rosto dos ocupantes. Isso significa que, ao dirigir o Super 9, você vai sentir a velocidade de forma crua e visceral — uma experiência que poucos veículos oferecem hoje em dia.
Supercarro 100% elétrico, claro!
Como seria de se esperar de uma marca como a BYD, o Super 9 é completamente elétrico. Embora a empresa ainda não tenha revelado os dados técnicos do conceito, a expectativa é que ele compartilhe tecnologias avançadas com outros modelos da marca, como o sistema de tração elétrica de quatro motores, baterias Blade de última geração e controle de torque independente nas rodas.
A performance deve ser brutal. Considerando os padrões atuais da BYD e os números já entregues por modelos como o Yangwang U9 (1.287 cv), é plausível imaginar que o Super 9 ultrapasse os 1.000 cavalos de potência e entregue aceleração de 0 a 100 km/h em menos de 3 segundos. Tudo isso, claro, com zero emissões e tecnologia de ponta em termos de regeneração de energia e controle dinâmico.
Registro no Brasil: sinal de vinda ou precaução?

É aqui que entra a parte que mais te interessa: o registro do Super 9 no Brasil. A publicação no INPI levanta naturalmente a dúvida — será que o modelo será vendido por aqui?
A resposta curta é: não necessariamente. Marcas como a BYD frequentemente registram seus projetos em diversos países para proteger a propriedade intelectual, mesmo que não tenham planos concretos de comercialização imediata. Isso evita que terceiros copiem ou se aproveitem do design inovador.
No entanto, o fato de o Super 9 ter sido efetivamente registrado no Brasil mostra que a marca está de olho no mercado nacional não apenas com modelos populares, mas também com carros que reforcem sua imagem como fabricante de luxo e tecnologia. Isso pode abrir portas para a chegada de versões limitadas no futuro — ou ao menos para a exposição em eventos como o Festival Interlagos, Salão do Automóvel ou até em ações promocionais exclusivas.
E se ele realmente vier?

Caso a BYD decida trazer o Super 9 ao Brasil, mesmo que em edição limitada, você pode esperar algo voltado a colecionadores, apaixonados por tecnologia automotiva e público de altíssimo poder aquisitivo. O preço seria condizente com o nível de exclusividade — na casa dos milhões de reais, como acontece com qualquer supercarro elétrico de produção artesanal.
Mais do que vender unidades, a BYD provavelmente usaria o modelo para reforçar sua imagem como líder em inovação, mostrar sua capacidade de competir com marcas como Ferrari, Lamborghini, McLaren e Aston Martin, e atrair os holofotes da imprensa especializada.
Por que você deveria se importar?
Mesmo que o Super 9 nunca chegue às ruas brasileiras, ele representa um divisor de águas na forma como você enxerga a BYD. A marca, que começou vendendo baterias e depois passou a produzir carros elétricos acessíveis, agora invade o universo dos superesportivos, desafiando empresas com décadas de tradição no segmento.
Se você é fã de carros, precisa entender que estamos vivendo uma transformação radical na indústria automotiva, e empresas chinesas como a BYD não estão apenas acompanhando essa revolução — elas estão liderando.
O Super 9 é, portanto, muito mais do que um conceito bonito. Ele é um recado claro: o futuro pertence a quem ousa, inova e quebra as regras.
Conclusão

Você está diante de um marco no universo automotivo. O BYD Super 9, com seu design sem teto, sem para-brisa, cabine dupla separada, motor elétrico possivelmente acima dos 1.000 cv e visual digno de um game futurista, é a prova viva de que a indústria automobilística chinesa não só evoluiu — ela está ditando tendências.
E ao registrar esse modelo radical no Brasil, a BYD demonstra que enxerga nosso mercado como estratégico, não apenas para vender carros populares, mas também para mostrar ao mundo sua capacidade de inovar em todos os segmentos.
Seja você um entusiasta, um colecionador ou simplesmente alguém fascinado por tecnologia e design automotivo, o Super 9 é um modelo para acompanhar de perto. Porque mesmo que ele nunca pise nas ruas do Brasil, ele já deixou sua marca — e deixou claro que o futuro é agora. E ele é elétrico, radical e sem limites.