Se você é apaixonado por muscle cars, sabe que o Mustang é muito mais do que apenas um carro: ele é um símbolo de liberdade, um grito de guerra em forma de motor V8 e uma verdadeira lenda sobre rodas. Agora, a Ford acaba de confirmar que uma das versões mais radicais e exclusivas do Mustang finalmente chegará ao Brasil: o aguardado Mustang Dark Horse.
Mas antes de celebrar com um burnout na garagem, é bom saber que essa fera vem com um detalhe polêmico: nada de câmbio manual por aqui. Isso mesmo: enquanto os entusiastas norte-americanos podem curtir o Mustang Dark Horse com câmbio de seis marchas manual de série, você, brasileiro, só vai poder acelerar esse monstro com a transmissão automática de 10 velocidades.
Ainda assim, o Dark Horse promete ser o Mustang mais insano já vendido oficialmente no Brasil, com componentes herdados do lendário Shelby GT500, visual exclusivo e uma ficha técnica que vai deixar qualquer gearhead com os pelos do braço em pé. Neste artigo, vamos te mostrar por que esse modelo é tão especial, detalhar suas modificações mecânicas, novidades visuais, equipamentos tecnológicos e, claro, discutir essa decisão controversa da Ford sobre o câmbio. Vem com a gente nessa viagem por tudo que você precisa saber sobre o novo Mustang Dark Horse.
Dark Horse: o novo topo de linha do Mustang

A Ford não economizou ao desenvolver o Mustang Dark Horse. Ele não é apenas mais uma edição especial, mas sim um novo capítulo na história do modelo, representando a configuração mais potente entre os Mustang com motor 5.0 aspirado.
Enquanto muitos esperavam que o Shelby fosse finalmente lançado por aqui, a montadora decidiu apostar em uma solução intermediária — mas muito mais próxima do radical do que do convencional. O Dark Horse chega para ser a versão topo de linha da sétima geração do Mustang, com foco em performance real de pista, sem abrir mão do uso urbano.
A ideia por trás dele foi simples, mas ambiciosa: criar um Mustang que estivesse entre o GT Performance e os Shelbys, com uma pegada mais visceral, mais precisa, mais emocional. E foi isso que a Ford entregou.
Coração de fera: o motor V8 mais potente da história do Mustang 5.0

Se você gosta de performance, prepare-se: o Mustang Dark Horse traz um motor V8 5.0 Coyote atualizado, que é o mais potente da história do modelo com esse deslocamento. São 507 cv de potência e 57,8 kgfm de torque, um salto em relação ao Mustang GT Performance, que entrega 492 cv.
Mas esse número não conta toda a história. Por trás desse V8, há componentes de alta performance emprestados diretamente do Shelby GT500, como:
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Bielas forjadas extremamente resistentes
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Virabrequim com balanceamento especial, que reduz vibrações em altas rotações
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Corpo de borboletas duplo, que melhora a resposta do acelerador
Ou seja, o que você tem aqui é um motor mais forte, mais resistente e mais nervoso, pronto para encarar até mesmo o uso extremo em track days. Esse motor gira alto, responde rápido e faz o tipo de ronco que arrepia até o mais frio dos corações. É um V8 raiz, com alma de competição e engenharia de ponta.
A polêmica do câmbio: por que só automático?

Agora, vamos falar da decisão mais controversa da Ford: o câmbio.
Nos Estados Unidos, o Mustang Dark Horse é vendido com câmbio manual de seis marchas como equipamento de série — e isso faz todo o sentido. Afinal, se trata de um carro com foco em condução esportiva pura, onde a conexão entre carro e motorista é fundamental.
Mas no Brasil, a Ford optou por oferecer o modelo exclusivamente com a transmissão automática de 10 velocidades, a mesma já presente no GT Performance vendido por aqui.
Você pode estar se perguntando: por quê? A resposta, segundo a própria marca, envolve custos, demanda e homologação. O câmbio automático já está homologado para o mercado brasileiro, oferece trocas rápidas, melhor desempenho em linha reta e agrada a um público maior. As aletas atrás do volante, chamadas de borboletas, ajudam a manter o controle manual, ainda que eletrônico.
Mas sejamos honestos: se você é do tipo que gosta de domar o carro com as próprias mãos, essa decisão vai te frustrar um pouco. Ainda assim, a Ford garante que a calibragem da transmissão foi ajustada especialmente para o Dark Horse, oferecendo uma experiência esportiva autêntica.
Suspensão, aerodinâmica e componentes de pista

Não é só o motor que mudou. O Mustang Dark Horse recebeu diversos upgrades mecânicos que o colocam em outro nível de performance:
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Amortecedores MagneRide adaptativos, que ajustam a rigidez em tempo real
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Barras estabilizadoras traseiras maiores, que reduzem a rolagem da carroceria
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Amortecedores dianteiros mais robustos, pensados para o uso em alta carga
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Freios Brembo com pinças de seis pistões na dianteira, que garantem frenagens precisas
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Sistema de resfriamento para os freios, óleo do motor e diferencial traseiro
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Diferencial traseiro Torsen, que distribui melhor o torque entre as rodas
Além disso, o carro conta com um conjunto aerodinâmico exclusivo, que inclui um spoiler traseiro herdado do Ford GT, defletores laterais e entradas de ar redesenhadas. Tudo isso foi pensado para aumentar a pressão aerodinâmica, melhorar o resfriamento dos componentes e garantir mais estabilidade em curvas de alta.
Em outras palavras: o Mustang Dark Horse não é só um V8 forte com visual agressivo, ele também foi preparado para te entregar controle total em situações extremas.
Visual exclusivo: o cavalo virou para te encarar

O Mustang Dark Horse se destaca também pelo visual. E não é só por estética — cada detalhe tem função.
Na frente, o carro recebeu um para-choque exclusivo, com entrada de ar mais agressiva, faróis escurecidos e uma grade totalmente preta em acabamento brilhante. Tudo isso cria um aspecto mais sinistro e intimidador.
Mas o grande destaque está no logotipo. Pela primeira vez na história, o cavalo símbolo da linha Mustang foi redesenhado para olhar de frente, como se encarasse quem está diante do carro. Esse novo logo está presente:
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Na grade frontal
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Nas laterais
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No volante e interior
Na traseira, a asa aerodinâmica em preto fosco reforça o visual esportivo e ajuda na pressão aerodinâmica. Os detalhes em preto, os contornos musculosos e o estilo agressivo do Mustang Dark Horse fazem dele um dos carros mais bonitos da linha, se não o mais bonito.
Interior com alma de competição e toque de sofisticação

Por dentro, o Mustang Dark Horse mantém a tradição da linha, mas adiciona materiais nobres e detalhes exclusivos.
Você vai encontrar acabamento em azul escuro metálico em várias partes da cabine, como no painel, portas e console central. Os bancos são esportivos, com apoio lateral reforçado e costuras em azul contrastante.
O quadro de instrumentos é totalmente digital de 12,4 polegadas, com gráficos personalizáveis que mudam conforme o modo de condução. Já a central multimídia tem 13,2 polegadas, é integrada ao sistema SYNC 4, e tem compatibilidade com Apple CarPlay e Android Auto sem fio.
Entre os principais equipamentos, você encontra:
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Sistema de som Bang & Olufsen premium
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Ar-condicionado digital de duas zonas
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Banco do motorista com ajustes elétricos
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Modos de condução configuráveis (Normal, Esportivo, Pista, Chuva, Drift, etc.)
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Assistente de manutenção de faixa
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Controle de cruzeiro adaptativo
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Monitoramento de ponto cego
Ou seja, o Mustang Dark Horse não é só um carro feito para acelerar. Ele também oferece conforto, conectividade e segurança para o dia a dia.
Quando chega e quanto vai custar?

A Ford ainda não divulgou a data exata do lançamento, mas confirmou que o Mustang Dark Horse chega ao Brasil ainda em 2025.
Quanto ao preço, espere algo acima do atual Mustang GT Performance, que gira na casa dos R$ 560 mil. Considerando a exclusividade, os novos componentes e o posicionamento de mercado, é provável que o Dark Horse ultrapasse os R$ 600 mil, podendo até se aproximar dos R$ 700 mil, dependendo do pacote de equipamentos.
Vale a pena comprar o Mustang Dark Horse?

Se você é fã de muscle cars, e busca uma experiência visceral ao volante, o Mustang Dark Horse tem tudo para te conquistar. Com um motor 5.0 que chegou ao seu ápice de potência, componentes herdados de modelos de pista, visual intimidador e um pacote tecnológico de respeito, ele se posiciona como o Mustang mais radical já vendido oficialmente no Brasil.
Sim, a ausência do câmbio manual pode incomodar os puristas. Mas o conjunto geral continua impressionante, e a transmissão automática da Ford já mostrou ser competente e eficiente. O importante é que o Dark Horse mantém a essência do Mustang, e ainda eleva o padrão de performance no segmento dos esportivos nacionais.
Se você tem paixão por carros com alma, força bruta e presença, o Dark Horse é um daqueles modelos que fazem história. E agora, ele vai fazer história nas ruas e pistas do Brasil.