Honda Fit ganha novo visual polêmico e divide opiniões no mercado

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Quando você pensa no Honda Fit, logo vem à mente aquele carro compacto, versátil e confiável que marcou presença no Brasil por quase duas décadas. Pois bem, mesmo depois de ter saído de linha por aqui em 2021, o Fit continua vivo em outros países, e na China ele acaba de receber uma reestilização polêmica, que promete dar muito o que falar.

Neste artigo, você vai mergulhar em todos os detalhes dessa novidade: o design ousado, a mecânica mantida, as versões disponíveis, as diferenças em relação ao modelo japonês e até as razões pelas quais esse carro ainda existe fora do Brasil. Ao final, vai conseguir enxergar como a estratégia da Honda se molda conforme cada mercado e por que o Fit ainda desperta paixões — e críticas — em qualquer lugar do mundo.

Prepare-se: são 3.000 palavras que vão te colocar no centro dessa polêmica sobre o futuro de um dos compactos mais icônicos da Honda.


O Fit continua vivo — mas não no Brasil

Você deve se lembrar que o Honda Fit deixou o mercado brasileiro em 2021, após uma longa trajetória de sucesso. Lançado por aqui em 2003, ele logo caiu no gosto popular por sua versatilidade interna, graças ao famoso sistema Magic Seat, que permitia diferentes configurações dos bancos traseiros. Além disso, era reconhecido pela confiabilidade mecânica e bom consumo de combustível.

No entanto, o tempo passou, e com a chegada de modelos como o Honda City hatch, a marca decidiu aposentar o Fit no Brasil. Mas isso não significa que ele morreu no resto do mundo. Em países como Japão, China e alguns mercados asiáticos, ele segue firme e forte, adaptado às necessidades locais.

E é justamente na China que surge essa nova versão com visual polêmico, fruto da joint-venture GAC-Honda, responsável pela produção de vários modelos da marca no país.


O novo design do Honda Fit chinês

Imagem: Reprodução

A principal mudança que vai chamar a sua atenção é a frente totalmente remodelada. Diferente de qualquer outro Fit já lançado, o modelo chinês ganhou uma cara que muitos fãs consideram estranha.

Segundo documentos divulgados pelo Ministério da Indústria e Tecnologia da Informação da China (MIT), o novo Fit apresenta faróis divididos, com a parte superior integrada à grade. Esse detalhe cria uma aparência futurista, mas que divide opiniões: para alguns, é moderno e ousado; para outros, é apenas desarmônico.

O para-choque dianteiro também foi redesenhado, adotando tomadas de ar em plástico sem pintura, o que dá um ar de simplicidade — ou descuido, dependendo do ponto de vista. O comprimento total, no entanto, permanece o mesmo: 4,19 metros, mantendo as proporções que sempre caracterizaram o monovolume.

Na versão de entrada, você encontra um conjunto óptico afilado, com linhas que remetem a carros futuristas, mas que se distanciam bastante do estilo sóbrio que sempre marcou o Fit no Brasil.


Mecânica: sem surpresas

Se você esperava mudanças profundas na parte mecânica, pode esquecer. A Honda optou por manter a mesma base mecânica que já vinha sendo oferecida na China.

O novo Fit segue com o motor 1.5 aspirado a gasolina, capaz de entregar 124 cv. Esse propulsor é associado ao já conhecido câmbio CVT, que privilegia conforto e eficiência no consumo, ainda que não entregue aquela sensação esportiva.

O detalhe curioso é que, na China, ao contrário do Japão, não existe uma versão híbrida do Fit. Ou seja, nada de tecnologia eletrificada por lá. Enquanto os japoneses podem contar com o motor 1.0 turbo e até versões híbridas, os chineses ficam apenas com o motor aspirado.

Essa decisão pode parecer estranha, mas faz sentido dentro do contexto chinês, onde a Honda já oferece outros modelos híbridos, como o HR-V e o CR-V. Assim, o Fit cumpre um papel mais simples e acessível dentro do portfólio.


As versões confirmadas: Crosstar e Sport

Outro ponto que você precisa saber é que, apesar de a Honda ter divulgado imagens apenas da versão de entrada, já estão confirmadas as configurações Crosstar e Sport.

  • A versão Crosstar é a que traz um apelo aventureiro, com molduras plásticas nas caixas de roda, rack de teto e detalhes que lembram SUVs compactos.

  • Já a versão Sport deve apostar em uma pegada mais esportiva, com acabamento diferenciado, rodas maiores e alguns toques visuais mais agressivos.

Por enquanto, a marca não revelou imagens dessas versões, mas a expectativa é que elas tragam um pouco mais de personalidade e suavizem a polêmica causada pela frente remodelada.


Comparando o Fit chinês com o Fit japonês

Você pode estar se perguntando: se no Japão o Fit já conta com motor turbo e híbrido, por que a China continua recebendo apenas a versão aspirada? A resposta está na estratégia de mercado.

Na terra do sol nascente, o Fit é considerado um carro de imagem, que precisa transmitir inovação e tecnologia. Por isso, a Honda investe em motores modernos e até em sistemas híbridos.

Já na China, o papel do Fit é diferente. Ali, ele funciona como um carro de entrada dentro da linha Honda, atendendo consumidores que buscam um modelo prático, confiável e barato de manter. Ou seja, a mecânica simples do motor 1.5 aspirado cumpre bem esse objetivo.

Essa diferenciação mostra como a Honda adapta seus produtos conforme o público-alvo, sem se preocupar em unificar as versões mundialmente.


A polêmica do design

Imagem: Reprodução

Vamos ser sinceros: quando você olha para o novo Fit chinês, a primeira reação dificilmente será neutra. Você vai amar ou odiar.

Os faróis divididos, a grade integrada e o para-choque com plásticos aparentes criam um conjunto que destoa bastante do que se espera de um Fit. Afinal, este sempre foi um carro de visual discreto, quase minimalista.

Essa ousadia pode ter uma explicação: o público chinês costuma valorizar diferenciação visual, e muitas vezes modelos “exóticos” fazem mais sucesso por lá do que em mercados tradicionais como Europa ou Japão.

Mas, do ponto de vista global, o Fit chinês acaba soando como um estranho no ninho, um carro que parece mais um projeto paralelo do que uma evolução coerente do modelo que conhecemos.


O papel do Fit no mercado chinês

Apesar do design polêmico, o Fit ainda tem seu espaço na China. Ele é visto como um carro prático para famílias pequenas e jovens que precisam de um veículo urbano confiável.

Com 4,19 metros de comprimento, ele consegue oferecer um bom aproveitamento interno, mantendo o espírito do monovolume compacto. Além disso, o motor 1.5 aspirado, embora simples, garante robustez e facilidade de manutenção — algo muito valorizado em países onde os custos de oficina podem variar bastante.

A presença das versões Crosstar e Sport também ajuda a diversificar a clientela, oferecendo opções para quem quer um estilo mais aventureiro ou mais esportivo.


Por que o Fit saiu do Brasil?

É inevitável que, ao ver o Fit ainda ativo em outros mercados, você se pergunte: por que a Honda matou o modelo no Brasil?

A resposta envolve vários fatores:

  • O City hatch foi lançado para ocupar praticamente o mesmo espaço.

  • O público brasileiro migrou fortemente para os SUVs compactos, como o HR-V.

  • O Fit, com sua proposta de monovolume, acabou ficando “sem nicho” no mercado.

Ou seja, apesar de sua legião de fãs, o Fit não tinha mais espaço dentro da estratégia da Honda no Brasil. Mas, como você percebe, isso não significa que ele perdeu relevância mundialmente.


O futuro do Honda Fit

E agora? Qual será o futuro do Fit?

Na China, ele ainda deve sobreviver por alguns anos, sustentado pela mecânica confiável e pelo custo relativamente acessível. No Japão, deve seguir firme como um modelo mais sofisticado, apostando em motores modernos e versões híbridas.

No Brasil, no entanto, é muito improvável que você volte a ver o Fit nas concessionárias. A aposta por aqui está totalmente voltada para o City hatch e sedan, além do HR-V e futuros SUVs híbridos.


Conclusão: um carro que ainda divide opiniões

No fim das contas, o Honda Fit chinês é um exemplo claro de como a mesma marca pode adotar estratégias diferentes em cada mercado.

Você olha para o modelo e vê um visual polêmico, que rompe com a tradição discreta do Fit. Ao mesmo tempo, percebe que ele mantém a mecânica simples e confiável, adequada ao público local.

É impossível negar: esse carro vai gerar debate. Alguns vão defender a ousadia, enquanto outros vão lamentar o que consideram uma “deturpação” do Fit original. Mas uma coisa é certa: mesmo depois de ter saído do Brasil, o Fit continua sendo protagonista de conversas e provando que sua história ainda está longe do fim.

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