Ford Maverick: Da glória das pistas ao abandono no ferro-velho

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Em 2021, a Ford decidiu resgatar um nome do passado e lançou sua nova picape compacta, a Maverick. Porém, para a maioria das pessoas, a palavra “Maverick” evoca um carro bem diferente: o compacto esportivo que brilhou nas ruas e pistas de arrancada nos anos 70.

Lançada em 1970 para substituir a Falcon, a Maverick chegou como uma lufada de ar fresco no mercado automotivo americano. Inspirada no Mustang, ela trazia um design ousado, com capô longo, teto fastback e porta-malas curto, que a diferenciava dos modelos mais tradicionais da época.

Créditos: Corner Classic Car Hunter/Youtube

Um sucesso instantâneo

A aposta da Ford deu certo! A Maverick foi um sucesso instantâneo, conquistando o público com seu visual atraente, dirigibilidade divertida e preço competitivo. Em seu primeiro ano, a Ford vendeu quase 579 mil unidades, superando até mesmo as vendas do Mustang, que teve apenas 191 mil entregas no mesmo período.

Versatilidade e variedade

A Maverick era oferecida em diversas configurações para atender a diferentes necessidades e estilos de vida. Havia opções com dois ou quatro portas, sedã ou cupê, e motores que variavam de um modesto 1.6L até um potente V8 302. Além disso, a Ford também lançou versões especiais, como a Maverick Grabber, com visual ainda mais esportivo, e a Maverick Sprint, focada em performance.

Créditos: Corner Classic Car Hunter/Youtube

Do asfalto para as pistas

Com seu peso leve e centro de gravidade baixo, a Maverick rapidamente se tornou uma escolha popular entre os entusiastas de arrancada. Diversos preparadores desenvolveram kits e peças específicas para o modelo, transformando-o em um verdadeiro monstro das pistas.

Um ícone da cultura automotiva

A Maverick se tornou um ícone da cultura automotiva americana dos anos 70, aparecendo em filmes, séries de TV e músicas. Sua presença marcante nas ruas e pistas de arrancada a consolidou como um símbolo de liberdade, rebeldia e adrenalina.

O declínio e o esquecimento

Com o passar dos anos, a popularidade da Maverick diminuiu. A crise do petróleo de 1973 e a ascensão dos carros japoneses mais eficientes e confiáveis levaram a um declínio nas vendas do modelo. Em 1977, após oito anos de produção, a Ford finalmente encerrou a produção da Maverick.

Um futuro incerto

Assim como muitos carros da época, a Maverick foi vista como um “descartável”. A maioria dos exemplares foi abandonada ou sucateada com o passar do tempo.

Em 2023, um desses Mavericks modificados para arrancada foi encontrado em um ferro-velho por um canal do YouTube. O carro, apesar de estar em estado precário, ainda guarda as marcas de seu passado glorioso.

Créditos: Corner Classic Car Hunter/Youtube

Um legado duradouro

Mesmo esquecida e enferrujada, essa Maverick é um lembrete da época de ouro dos muscle cars americanos. Um símbolo da liberdade, da rebeldia e da paixão pela velocidade que marcou uma geração.

Créditos: Corner Classic Car Hunter/Youtube

E por falar em Maverick…

A Ford fez muito bem em reviver o nome para sua picape moderna. Seja nos anos 70 ou hoje, a Maverick representa praticidade, robustez, e uma boa dose de atitude. Que tal algumas curiosidades sobre ela para expandir o assunto?

  • Carro de cinema: Uma Maverick 1971 é uma das estrelas no filme de James Bond “007 – Os Diamantes São Eternos”, tendo grande destaque em uma perseguição nas ruas de Las Vegas.
  • Versão brasileira: De 1973 a 1979, a Ford também produziu o Maverick aqui no Brasil. Mais luxuoso e “parrudo” que o americano, teve opções de motor 4 ou 6 cilindros, e até uma instigante versão GT com um V8 302 emprestado do Galaxie!
  • Quase Mercury: A Maverick foi aprovada como um Ford, mas originalmente iria para o mercado com o emblema Mercury, seguindo o nome “Comet”.

Conclusão

A história da Ford Maverick é um retrato da era dos muscle cars americanos: uma época de ousadia, inovação e paixão pela velocidade. Mesmo que o tempo tenha feito seu trabalho, essa máquina ainda guarda em si a essência de um grande ícone da cultura automotiva.

E você? Qual a sua memória favorita dessa máquina?

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