O Porsche mais caro do Brasil: um Singer 911 de R$ 10 milhões

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Você já imaginou um Porsche clássico com o charme dos anos 80, mas reimaginado com tecnologia moderna, materiais nobres e acabamento artesanal? Pois é exatamente isso que representa o Singer Brazil Commission, Oh Porsche mais caro do Brasil, avaliado em nada menos que R$ 10 milhões.

Este não é apenas um carro, é uma obra de arte sobre rodas. Uma criação da Singer Vehicle Design, uma empresa californiana que se tornou uma verdadeira lenda no mundo dos Restomods, transformando o já icônico Porsche 911 em algo ainda mais exclusivo e desejável.

Neste artigo, você vai mergulhar nos detalhes desse supercarro único, entender por que ele custa tanto, conhecer a história da Singer e descobrir o que faz deste 911 reinventado o sonho de consumo de qualquer entusiasta automotivo.


Uma história de paixão: como nasceu a Singer Vehicle Design

Créditos: Reproducción

Para entender a importância desse Porsche 911 reimaginado, você precisa conhecer a história por trás da Singer Vehicle Design. Fundada em 2009 por Rob Dickinson, a empresa leva o nome do ex-vocalista da banda Catherine Wheel, um dos ícones do shoegaze nos anos 90.

Após o fim da carreira musical, Dickinson decidiu unir sua paixão por carros à habilidade artística, criando uma oficina que transformaria Porsche 911 clássicos, especialmente da geração 964, em verdadeiras jóias automotivas.

A filosofia da Singer é clara: “Everything is important”. Ou seja, cada detalhe, por menor que seja, é tratado com o mesmo cuidado de um luthier construindo um violino. É por isso que cada projeto leva anos para ser concluído e custa milhões de dólares.


Por que o 911 da geração 964?

Créditos: Reproducción

Você deve estar se perguntando: por que a Singer escolheu justamente o Porsche 911 da geração 964, fabricado entre 1989 e 1994?

A resposta é simples: o 964 foi o primeiro 911 a receber avanços tecnológicos significativos — como freios ABS, direção assistida e suspensão revisada — sem perder a essência clássica da linha. Ele é o ponto de equilíbrio perfeito entre o diseño retro y la posibilidad de modernización.

Así, el Porsche 964 se tornou a tela em branco perfeita para a Singer aplicar sua arte.


O único Singer oficialmente registrado no Brasil

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Agora imagine o seguinte: um entusiasta brasileiro decide enviar seu Porsche 911 964 de 1989 para a Singer na Califórnia. Ele entra em uma fila de espera de dos años só para o carro ser aceito no processo de “reimaginação”. Depois, o veículo passa mais um ano e meio em transformação, retornando ao Brasil como o único Singer Classic oficialmente registrado no país.

Este exemplar exclusivo faz parte de uma série limitada a 450 unidades, cuja produção será encerrada no final deste ano. Ou seja, mesmo que você tenha os R$ 10 milhões disponíveis, já não dá mais para encomendar um igual.


O que justifica o valor de R$ 10 milhões?

Créditos: Reproducción

Quando você escuta que o carro custa R$ 10 milhões, pode pensar que é exagero. Mas ao conhecer os detalhes, tudo começa a fazer sentido.

1. Carroceria em fibra de carbono

Todo o trabalho começa com o desmonte completo do Porsche original. O monocoque de aço é reforçado com soldas contínuas, enquanto a carroceria é substituída por painéis em fibra de carbono, com exceção das portas. Essa redução de peso faz com que o carro pese apenas 1.200 kilos, um número impressionante para um esportivo.

2. Pintura e interior artesanais

A pintura na cor Dark Sapphire Metallic é feita com camadas aplicadas manualmente, garantindo profundidade e brilho únicos. Já o interior é um espetáculo à parte: couro Vivaldi reveste bancos, portas e painel, com detalhes em madera no volante Momo, manopla do câmbio e acabamentos. Há ainda inserções em Azul Oxford que dão um toque sofisticado.


Tecnologia discreta, mas presente

Apesar do visual retrô, o Porsche mais caro do Brasil não abre mão de tecnologia. O painel conta com o sistema Porsche Classic Communication Management (PCCM), com tela de 3,5 polegadas, compatível com Android Auto Es Apple CarPlay.

Há até um carregador de smartphone por indução no console central, provando que o clássico e o moderno podem coexistir.


O coração do Singer: motor Ed Pink 4.0

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Sob o capô, o Singer Brazil Commission traz um motor 4.0 aspirado construído pela lendária Ed Pink Racing Engines. Este flat-six entrega 390 cv de potência Es 41 kgfm de torque entre 4.000 e 6.000 rpm.

O motor é acoplado a um câmbio manual G50 de seis marchas, mantendo a experiência de condução purista que qualquer amante de Porsche valoriza.

É importante destacar que este motor é opcional e custa cerca de R$ 500 mil apenas para a sua instalação. Do 964 original, apenas o bloco é reaproveitado — todo o restante é redesenhado, com novos pistões, camisas e sistema Individual Throttle Body.


Suspensão e freios pensados para o purista

O modelo brasileiro vem equipado com suspensão Ohlins ajustável, voltada para uso em pista. Os freios são a disco, mas sem o uso de cerâmica, já que um carro de 1.200 kg não exige esse recurso para um desempenho seguro. A direção, como manda a tradição, é hidráulica.


Um segundo Singer a caminho

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Se você ficou impressionado com este projeto, prepare-se: a GTO Car Specialists já anunciou que um segundo Singer Vehicle Design está a caminho do Brasil. Desta vez será um 911 Turbo, que poderá contar com um motor Mezger flat-six 3.8 biturbo, usando turbinas BorgWarner derivadas do 911 992.

A previsão é que o carro chegue daqui a dos años, colocando o Brasil novamente no mapa dos restomods mais exclusivos do planeta.


Restomod: a arte de recriar o passado

O que a Singer faz vai além da restauração. É uma reinterpretação, ou como eles preferem dizer, uma “reimaginação”. Esse conceito de restomod une o respeito à história com a ousadia de trazer inovações.

Cada cliente pode configurar seu carro de forma solo, escolhendo desde a cor da costura no banco até o tipo de motor e suspensão. O resultado é um carro que carrega o espírito do passado, mas com a performance de um esportivo moderno.


Catherine Wheel e o DNA musical

É curioso pensar que tudo isso nasceu da mente de um músico. Rob Dickinson, primo de Bruce Dickinson do Iron Maiden, conseguiu transferir sua sensibilidade artística dos palcos para as oficinas da Singer. E talvez seja justamente esse olhar diferenciado que faz cada carro da marca parecer uma obra-prima.


O futuro da Singer e o legado no Brasil

Créditos: Reproducción

Com o encerramento da produção dos 450 exemplares do Singer Classic, a marca já sinaliza novos projetos, como o Singer Turbo Study e até versões com foco em desempenho extremo.

No Brasil, ter um único exemplar torna esse 911 ainda mais cobiçado, elevando-o ao status de mito automotivo. Se você o encontrar em um evento, saiba que está diante de um carro tão raro quanto qualquer Ferrari ou Bugatti.


Conclusão: muito além de um carro

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oh Porsche 911 reimaginado pela Singer não é apenas um carro. É o resultado de um processo artesanal, apaixonado e extremamente sofisticado. Custar R$ 10 milhões pode parecer um absurdo, mas para quem valoriza o design, a história e a exclusividade, cada centavo é justificado.

E você? Se tivesse essa fortuna, conseguiria resistir ao charme do Porsche mais caro do Brasil? Ou já estaria sonhando com as chaves desse obra maestra sobre ruedas na sua mão?

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