Quando você pensa na década de 1990, é impossível não lembrar do Fiat Tempra.
Ele foi um marco na história da marca italiana no Brasil, um carro que ousou entrar em um segmento dominado por gigantes como o volkswagen santana, Oh chevrolet monza e, mais tarde, o Opel Vectra nacionalizado.
Mas, apesar de um desempenho até honroso no mercado, havia um capítulo da história do Tempra que se transformou em uma das maiores lições para a Fiat: o Tempra SW.
Essa é a história de uma camioneta que ninguém pediu, que ninguém queria e que, como você vai ver, talvez tenha sido um dos lançamentos mais equivocados da indústria automotiva brasileira.
A primeira coisa que afastava o consumidor era o design da Tempra SW.
Diferente do sedã, que tinha linhas sóbrias e proporcionais, a perua parecia desengonçada, com uma traseira pesada e um conjunto visual que não transmitia modernidade.
Outro grande problema foi a origem da Tempra SW. Por ser importada da Itália, a perua não compartilhava todos os componentes mecânicos com o sedã fabricado aqui.
Como se não bastasse o design questionável e a mecânica complexa, a Tempra SW ainda chegava ao Brasil com um preço mais elevado que o sedã.
E assim, a Tempra SW permanece como uma curiosidade nas ruas e uma lição importante sobre como conhecer o seu público é essencial para o sucesso de qualquer modelo automotivo.