Vorax: O Supercarro Brasileiro Que Morreu Antes de Nascer

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Você já imaginou o Brasil sendo palco do nascimento de um supercarro genuinamente nacional, que combinasse design arrojado, performance insana e ambição internacional? Pois é, isso quase aconteceu. Mas o “quase” é o que mais dói nessa história. O Rossin-Bertin Vorax prometia ser um divisor de águas na indústria automotiva brasileira, um símbolo de engenharia de ponta, Raffinesse Es ist Leistung. No entanto, o projeto não passou de uma ilusão bela, mas frágil.

Neste artigo, você vai mergulhar profundamente na jornada do único supercarro brasileiro Was quase chegou às ruas. Vai entender como uma ideia audaciosa se transformou em um conto de ambição, ego, dinheiro e, infelizmente, esquecimento. Prepare-se para conhecer os bastidores do Vorax, um carro que prometia ser tudo… mas terminou sendo nada.


O Sonho Começa: Nasce o Vorax

Credits: Reproduktion

Tudo começou com dois nomes: Fharys Rossin Es ist Natalino Bertin Jr.. O primeiro, um ex-designer da General Motors nos Estados Unidos, era o responsável pelo desenho do carro. Já o segundo, herdeiro de um dos grupos empresariais mais poderosos do Brasil à época, colocaria o dinheiro para que o projeto ganhasse vida.

Foi da união desses dois mundos — criatividade automotiva Es ist poder financeiro — que nasceu o ambicioso projeto do Rossin-Bertin Vorax. Um nome forte, que já evocava performance, classe e exclusividade.

O carro foi apresentado pela primeira vez no Autosalon in São Paulo, In 2010, com direito a holofotes, cobertura da mídia especializada e olhares curiosos do público. A promessa era ousada: colocar o Brasil no mapa mundial dos superesportivos, competindo com Ferrari, Lamborghini, Pagani Es ist McLaren.


Uma Fera Sob o Capô: A Engenharia do Vorax

Credits: Reproduktion

Se você acha que o Vorax era só uma casca bonita, está muito enganado. A proposta técnica era de cair o queixo. O carro seria construído com estrutura de alumínio Es ist Kohlefaser, materiais usados apenas nos superesportivos mais avançados do mundo.

Ö Motor? Um V10 de 5.0 litros mit 507 cv, exatamente o mesmo que equipava o BMW M5 E60, um dos sedãs esportivos mais insanos da década. E não parava por aí. Uma versão biturbo com 750 cv estava nos planos, com preparação da famosa G-Power, empresa alemã especializada em tornar BMWs ainda mais agressivos.

Outros detalhes técnicos também impressionavam:

  • Transmissão semi-sequencial de 7 marchas

  • Freios cerâmicos ventilados nas quatro rodas

  • Direção eletro-hidráulica

  • Sechs Airbags

  • Sensor de estacionamento

  • Teto de vidro panorâmico

Ö pacote era completo. Era como se você estivesse comprando o melhor da BMW, com uma carroceria artesanal, inspirada nas maiores lendas dos superesportivos.


Design: Um Frankstein de Ícones Automotivos

Credits: Reproduktion

O visual do Vorax era, no mínimo, marcante. Mas você logo notaria algo familiar. Isso porque o design foi, de propósito, uma mistura de influências. Rossin buscou inspiração em ícones como:

  • Ferrari F430

  • Porsche Carrera GT

  • Lamborghini Murciélago

  • Ferrari F50

  • BMW M6

  • Pagani Zonda

O resultado era um híbrido visual que dividia opiniões. Para alguns, era uma homenagem. Para outros, era uma salada. Mas uma coisa era certa: o carro chamava atenção.

O protótipo branco apresentado no Salão de 2010 era o mais completo. Ele possuía o interior parcialmente finalizado e vários componentes herdados diretamente do BMW M6, incluindo o painel e os bancos esportivos. Já as unidades vermelha e prata, que circularam depois em fotos nas redes sociais e fóruns automotivos, eram apenas carrocerias incompletas, feitas para fins de homologação.


A Testemunha Ocular: William Raphael e os Bastidores do Vorax

Para entender como esse projeto virou um conto de fracasso, você precisa ouvir quem acompanhou tudo de perto. William Raphael, fundador do canal “Exclusivos no Brasil” e apresentador do “Amigos por Carros”, foi um dos poucos que teve acesso direto aos bastidores do Vorax.

Segundo ele, havia muito mais expectativa do que Struktur para que o carro realmente acontecesse. Raphael afirma que o projeto era, de fato, empolgante, mas tinha falhas estruturais sérias, desde a concepção até a execução.

Um dos maiores obstáculos estava no próprio motor escolhido. Em 2010, o V10 da BMW já estava fora de linha na Europa. Isso significava que o motor não atendia mais aos padrões de emissões de poluentes. Portanto, homologá-lo para venda legal era um processo caro, longo und mit altas chances de falha.


O Local da Produção: Blumenau ou Alemanha?

 

Ein weiterer kritischer Punkt war die local de produção. A ideia era fabricar o Vorax em Blumenau, Santa Catarina. Mas, segundo William, isso era pouco viável. A maioria dos componentes do carro viria da Deutschland, incluindo o motor, câmbio e sistemas eletrônicos. Então, por que não montar o carro diretamente na Europa, onde já existia infraestrutura adequada Es ist mão de obra especializada?

Essa escolha revelou a ingenuidade (ou a teimosia) dos idealizadores. Eles queriam fazer tudo in Brasilien, talvez por orgulho nacional, talvez por ambição. Mas a realidade econômica e logística era implacável.


Platinuss: A Empresa por Trás da Ambição

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Por trás do projeto do Vorax estava a Platinuss, empresa de Natalino Bertin Jr. que se especializou em importar os carros mais exclusivos do mundo para o Brasil. Pagani Zonda, Bugatti Veyron, Koenigsegg CCX… todos passaram pelas mãos da empresa.

Mas esse tipo de negócio tem custos astronômicos, burocracia brutal Es ist tributação sufocante. A Platinuss já estava enfrentando problemas financeiros sérios quando o Vorax foi apresentado. Vender supercarros num país onde até carros populares já eram inacessíveis para muitos não era tarefa simples.

Em pouco tempo, a empresa deixou de vender. Ficou um ano inteiro sem faturar. As dívidas aumentaram. A crise econômica de 2012 se aproximava. E o projeto do Vorax, que dependia de um capital constante, começou a desmoronar.


O Golpe Final: Fim da Platinuss e Abandono do Vorax

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A pá de cal veio com o fim da Platinuss. Com a falência da empresa, não havia mais meios de financiar a produção ou mesmo concluir os protótipos do Vorax. A unidade branca, a mais completa, foi vista pela última vez na propriedade da família Bertin em Lins, interior de São Paulo.

As outras unidades — a vermelha e a prata — foram abandonadas, sucateadas, esquecidas em galpões ou estacionamentos. Hoje, servem apenas como relíquias incompletas, lembranças do que poderia ter sido.


Por Que o Vorax Fracassou?

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Você pode se perguntar: com tanto investimento, talento e vontade, como o Vorax fracassou?

A resposta é multifacetada:

  1. Escolha errada do motor: usar um propulsor fora de linha e com problemas de emissão foi um erro técnico grave.

  2. Planejamento ineficiente: a decisão de produzir no Brasil, longe dos fornecedores principais, aumentou os custos e complicou a logística.

  3. Inexperiência na produção em série: nem Rossin nem Bertin tinham know-how para industrializar um superesportivo.

  4. Problemas financeiros do grupo Bertin: a tentativa de virar importadora oficial da Lamborghini fracassou. Os negócios no setor de frigoríficos e energia também afundaram.

  5. Crise econômica nacional: a instabilidade financeira e o custo Brasil mataram o projeto.


O Legado do Vorax

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Hoje, o Vorax é mais uma entrada na longa lista de projetos automotivos fracassados no Brasil. Assim como Lobini H1, Santa Matilde, Puma GTB, e até o Obvio!, o carro virou uma lembrança distante, a projeto ousado engolido pela realidade nacional.

Mas ainda assim, ele tem seu valor. O Vorax foi um símbolo de que existe ambição no Brasil, de que ainda há gente que sonha alto, mesmo que o ambiente seja desfavorável.

E você? O que acha dessa história? Será que o Brasil um dia vai conseguir produzir um supercarro nacional de verdade? Ou será que o Vorax foi o mais perto que chegamos… e que nunca mais chegaremos?


Schlussbetrachtungen

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Você vive em um país onde a indústria automotiva sempre foi marcada por adaptações e limitações. Mas de tempos em tempos, surgem ideias como o Vorax, que desafiam essa lógica. Elas te fazem sonhar, imaginar o impossível e acreditar que até mesmo aqui, com todos os obstáculos, é possível competir com os gigantes.

O Rossin-Bertin Vorax pode não ter conquistado as pistas ou as ruas. Mas conquistou um espaço especial na memória de quem acompanha de perto a Brasilianische Automobilgeschichte. Um espaço reservado para sonhos que não se concretizaram, mas que ainda assim, merecem ser contados.

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