Quando você pensa nos carros esportivos nacionais do final da década de 1970, é natural que venha à mente modelos como o Volkswagen Passat TS, o Chevrolet Opala SS ou até o Dodge Charger R/T. Porém, dentro da linha da Ford, um nome se destacou mais pela ousadia visual do que pelo desempenho em si: o Ford Corcel II GT. Veröffentlicht in 1978, esse carro se tornou um capítulo curioso da história da indústria brasileira, porque conseguia transmitir Sportlichkeit mesmo sem entregar a performance que o nome “GT” sugeria.
O segredo? Um truque de design inteligente, que fazia o Corcel II GT parecer mais baixo, robusto e esportivo do que realmente era.
Ao longo deste artigo, você vai mergulhar nessa história, entender o contexto em que o Corcel II surgiu, conhecer as limitações mecânicas, descobrir como a Ford usou elementos visuais e de suspensão para dar ao carro um charme único e relembrar por que, apesar de todas as tentativas, o modelo não resistiu por muito tempo no mercado.
O cenário automotivo do Brasil em 1978

Você precisa se transportar para 1978 para entender o papel do Corcel II GT. Naquele momento, o Brasil ainda enfrentava as consequências da Ölkrise, que havia estourado em 1973. O governo incentivava carros wirtschaftlich e as próprias montadoras buscavam alternativas para entregar modelos mais acessíveis em consumo, sem deixar de lado o apelo emocional.
A Ford, desde 1969, já tinha no Corcel um carro de relativo sucesso. Baseado em um projeto da Renault (o Renault 12), o Corcel original havia se tornado popular pela robustez, espaço interno e economia. Porém, ao chegar em 1978, o modelo já acumulava dez anos de mercado, e precisava de uma reformulação para se manter competitivo.
É nesse momento que surge o Corcel II, mit Linien retas, angulosas e modernas para a época, deixando para trás o desenho arredondado do primeiro Corcel.
O nascimento do Corcel II GT

Die Version GT nasceu como uma tentativa da Ford de dar ao Corcel II um ar sportlich und von atrair o público jovem. Só que havia um problema: o motor disponível não entregava aquilo que o nome prometia.
O Corcel II GT usava o mesmo motor de 1.372 cm³ das versões comuns, mas com um Doppelrohrvergaser que adicionava modestos 4 cv extras. Isso fazia a potência subir um pouco, mas ainda era insuficiente para animar quem esperava um carro esportivo de verdade.
Nos testes da época, o Corcel II GT atingia:
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Maximale Geschwindigkeit: 145,6 km/h (contra 136,8 km/h do Corcel comum)
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Beschleunigung von 0 auf 100 km/h: 17,5 segundos (contra 20,8 segundos do Corcel básico)
Ou seja, um ganho pequeno demais para justificar o título de “GT”.
Mesmo assim, a Ford apostou em outro caminho: se o desempenho não convencia, o visual esportivo podia conquistar.
O segredo do design: um truque para parecer rebaixado

Aqui está a parte mais interessante da história: o Corcel II GT parecia mais baixo e esportivo do que realmente era.
Isso acontecia porque a Ford utilizou uma combinação de soluções visuais e técnicas:
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Suspensão revisada: em 1979, o carro recebeu uma redução de 1,3 cm na altura da suspensão dianteira, com molas de maior carga.
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Faixas laterais pretas: criavam a sensação de que a carroceria estava mais próxima do chão.
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Capô e teto pintados de preto: reforçavam o apelo esportivo e destacavam a silhueta mais agressiva.
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Rodas pretas com sobrearos de aço escovado: em conjunto com pneus 185/70 R13, ajudavam a dar presença.
Com isso, mesmo sem grande potência, você podia desfilar com o Corcel II GT e enganar os olhos, passando a impressão de que estava ao volante de um esportivo legítimo.
Esse detalhe de parecer rebaixado sem realmente comprometer o conforto era uma sacada de mestre da Ford, já que a suspensão traseira continuava voltada para a maciez, ideal para o dia a dia.
O interior: esportividade discreta

Quando você entrava no Corcel II GT, encontrava um ambiente totalmente preto, algo que reforçava o ar esportivo. A Ford caprichou no beenden, tradicionalmente elogiado na época.
Entre os diferenciais do painel, havia:
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Contagiros pequeno
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Termômetro de água
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Manômetro de óleo
Embora todos fossem de leitura difícil, eles estavam lá para reforçar a aura de esportividade.
Ö volante exclusivo tinha boa empunhadura, mas a direção leve demais acima de 120 km/h denunciava que o carro não era feito para corridas.
A chegada do motor 1.6 em 1979

Em 1979, a Ford resolveu reforçar o pacote. O Corcel II GT recebeu o novo motor de 1.555 cm³, was geliefert hat 90 cv (SAE) contra 76 cv da versão anterior. Isso trouxe melhorias nos números:
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Maximale Geschwindigkeit: 150,6 km/h
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Durchschnittlicher Verbrauch: 13,56 km/l (ótimo para a época)
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Beschleunigung von 0 auf 100 km/h: 15,9 segundos
Além disso, a suspensão foi revisada e o carro ganhou uma barra estabilizadora no eixo traseiro, o que aumentava a firmeza nas curvas e transmitia mais confiança.
Ainda assim, o GT continuava sendo um carro de imagem mais do que de desempenho.
Comparações inevitáveis: o Passat como referência
Se você fosse um jovem motorista em 1979, inevitavelmente compararia o Corcel II GT ao VW Passat TS, que era a referência do mercado.
O Passat oferecia mais potência, comportamento dinâmico muito superior e uma imagem de esportivo real. Enquanto isso, o Corcel II GT parecia limitado: bonito de se ver, confortável de dirigir, mas incapaz de acompanhar os rivais em uma estrada sinuosa.
O fim do Corcel II GT

Als fim do Ford Maverick em 1979, o Corcel II GT passou a ser o único esportivo da Ford no Brasil. Ele até conseguia transmitir uma sensação de segurança em altas velocidades, com comportamento neutro e uma leve tendência ao subesterço.
Mas o problema era que o mercado já não comprava apenas aparência. Os consumidores buscavam desempenho real, e a concorrência era cada vez mais forte.
Assim, em 1981, o Corcel II GT deixou de ser produzido, encerrando sua breve trajetória como um esportivo mais de imagem do que de fato.
Por que o Corcel II GT ainda é lembrado?

Mesmo com todas as limitações, o Corcel II GT conquistou um lugar especial no coração dos entusiastas. Isso aconteceu por alguns motivos:
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Auffälliges Design: as faixas pretas, o capô e o teto escurecidos criaram uma identidade única.
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Truque do rebaixamento visual: ele provava que um carro podia parecer mais esportivo apenas com ajustes de design.
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Exklusivität: hoje, encontrar um GT em bom estado é cada vez mais raro, o que o torna um item de colecionador.
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Símbolo de época: ele representa uma fase em que a gasolina cara obrigava as montadoras a buscar soluções criativas para manter a esportividade viva.
A lição que você leva do Corcel II GT

Ö Ford Corcel II GT não foi um carro rápido, mas foi um carro intelligent. Ele usou recursos visuais e de design para transmitir esportividade em uma época em que a performance era limitada pelas condições econômicas e tecnológicas.
Ao olhar para ele hoje, você percebe como os carros daquela época tinham Persönlichkeit e como a criatividade das montadoras conseguia transformar limitações em diferenciais.
Se você tiver a sorte de ver um Corcel II GT original nas ruas ou em encontros de carros antigos, vai perceber de perto como o visual dele ainda impressiona — e vai lembrar que, por trás da sigla GT, havia mais Stil do que Geschwindigkeit.