Transporter Flatbed: a picape da VW com caçamba gigante e até 286 cv

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Você está acostumado a ver a Volkswagen atuando com força no mercado de furgões, vans e, claro, nas clássicas picapes médias como a Amarok. Mas prepare-se para repensar o que conhece sobre a marca alemã, porque ela acaba de revelar, de forma quase silenciosa, uma picape que surpreende em todos os sentidos: a nova Transporter Flatbed DoKa.

Sim, você leu certo. A nova geração da Transporter, até então associada a veículos de carga fechados, agora ganha uma versão com cabine dupla e uma caçamba aberta gigantesca, entregando uma proposta totalmente inovadora para o segmento de utilitários — principalmente para quem busca um modelo versátil, robusto e até mesmo ecológico, graças à opção com motorização 100% elétrica.

Neste artigo, você vai mergulhar nos detalhes dessa nova aposta da Volkswagen, descobrir como ela se posiciona no mercado, o que oferece de diferente em relação à Amarok, e entender por que essa picape pode ser tudo o que você nem sabia que precisava.


Uma picape com alma de van (ou seria o contrário?)

Imagem: Reprodução

À primeira vista, a Transporter Flatbed DoKa parece uma van com uma caçamba acoplada. Mas, olhando com mais atenção, você percebe que ela vai muito além disso. Com 5,61 metros de comprimento e um entre-eixos de 3,5 metros, essa picape é maior que a Amarok, o que já te dá uma boa ideia do potencial de carga útil e do espaço interno.

Aliás, se você está pensando em transportar volumes grandes, vai se surpreender com as dimensões da caçamba: são 2,17 metros de comprimento por 1,94 metro de largura. Isso mesmo — quase dois metros de largura, o que dá uma área de carga que ultrapassa muitas picapes médias disponíveis no mercado hoje.

E mesmo que o design ainda mantenha traços de um utilitário de carga, com o visual característico da linha Transporter, essa picape entrega modernidade, funcionalidade e uma versatilidade difícil de encontrar.


Diesel ou elétrico? Você escolhe

Imagem: Reprodução

A Volkswagen acertou em cheio ao oferecer duas opções de motorização para a nova Transporter Flatbed DoKa. Se você ainda é adepto da confiabilidade do diesel, vai encontrar por aqui o conhecido motor 2.0 TDI turbo, que pode render 110 cv ou 150 cv, com tração dianteira ou integral, e câmbio manual de seis marchas ou automático de oito velocidades.

Mas o verdadeiro salto está nas versões elétricas, chamadas de e-Transporter Flatbed DoKa. E aqui você vai entender por que esse modelo pode redefinir o conceito de picape urbana e comercial.

A versão elétrica está disponível em três níveis de potência: 136 cv, 215 cv e 286 cv. Isso mesmo — 286 cavalos de potência em uma picape que, embora tenha visual de van, entrega mais desempenho que a Amarok diesel de entrada. E tem mais: o torque máximo ultrapassa 41 kgfm, sempre entregue de forma instantânea, como todo bom elétrico.

Esse torque, combinado ao motor traseiro, garante um desempenho ágil, especialmente no uso urbano e em perímetros industriais. Se você trabalha com entregas pesadas, serviços urbanos ou até mesmo como fornecedor de equipamentos, essa picape pode ser a solução que une potência e sustentabilidade.


Capacidade de carga: números modestos, mas condizentes

Imagem: Reprodução

Ao ver o porte avantajado da Transporter Flatbed DoKa, você pode esperar uma capacidade de carga altíssima. Mas, nesse ponto, é preciso entender o foco do projeto. A versão diesel tem capacidade de carga de até 736 kg, enquanto a elétrica suporta 785 kg.

É verdade que esses números são inferiores ao de picapes médias tradicionais como a Amarok, a Hilux ou a Ranger. No entanto, o diferencial está no volume da caçamba e na cabine dupla, que permite o transporte de carga e equipe ao mesmo tempo.

Você pode levar até cinco ocupantes confortavelmente e ainda contar com uma área de carga ampla. Isso faz dela uma excelente opção para quem precisa de versatilidade acima de tudo, como empresas de manutenção urbana, prestadores de serviço ou mesmo fazendas que buscam um veículo robusto para áreas planas.


Estilo sóbrio e sem apelo aventureiro

Imagem: Reprodução

Não espere encontrar nesta picape o visual parrudo das versões PanAmericana da Amarok. A Transporter Flatbed DoKa segue uma linha mais funcional e racional, voltada claramente para o uso comercial e urbano.

Você vai encontrar rodas de aço de 16 polegadas como padrão, mas há a opção por rodas de liga leve do mesmo tamanho. O acabamento externo é limpo, sem adereços estéticos chamativos. Quem quiser um visual mais encorpado pode recorrer ao mercado de personalização, onde preparadoras como a Delta 4×4 oferecem kits que aumentam a presença e a robustez visual do modelo.

Na parte dianteira, o desenho segue a nova identidade visual da linha Transporter, com faróis mais afilados e grade frontal que remete aos veículos elétricos da Volkswagen. Já na traseira, a caçamba exibe o nome Transporter ou e-Transporter, dependendo da versão.


Interior funcional, com foco no trabalho

Imagem: Reprodução

Ao entrar na cabine da Transporter Flatbed DoKa, você percebe rapidamente que o foco da Volkswagen foi entregar praticidade, conforto básico e facilidade de limpeza — algo essencial em veículos voltados para o trabalho.

O painel tem desenho moderno, com central multimídia de tela flutuante, painel digital e comandos bem posicionados. A ergonomia é boa, e há múltiplos porta-objetos, inclusive acima do para-brisa, o que facilita a organização dos itens usados no dia a dia.

A cabine dupla garante espaço generoso para cinco adultos, e o piso quase plano melhora ainda mais o conforto dos passageiros traseiros. Tudo é pensado para o uso contínuo e intenso, sem deixar de lado a tecnologia embarcada, como controle de estabilidade, assistente de subida, frenagem automática de emergência e, nas versões elétricas, sistema de regeneração de energia.


Preços e posicionamento de mercado

Se você está se perguntando quanto custa esse pacote de funcionalidade e potência, já adianto: ela não é exatamente uma pechincha.

Na Alemanha, os preços da versão diesel começam em €46.586, o que equivale a cerca de R$ 267 mil. Se optar por mais potência e tração integral, o valor sobe rapidamente. Já a versão elétrica parte de €62.128 (cerca de R$ 356 mil) e pode chegar a €66.316 (R$ 380 mil) com os opcionais.

Apesar de caro, especialmente no padrão brasileiro, é importante lembrar que esse modelo entrega uma proposta única, com cabine dupla, caçamba enorme, conforto interno e, no caso das versões elétricas, isenção de emissões poluentes — algo cada vez mais valorizado em grandes cidades e regiões com legislações ambientais mais rígidas.


Ela teria espaço no Brasil?

Imagem: Reprodução

Essa é a pergunta que não quer calar. Será que a nova Transporter Flatbed DoKa teria espaço no mercado brasileiro?

A resposta depende do ponto de vista. Se você analisar pelo lado do consumidor comum, talvez o modelo pareça um tanto exótico. Mas se o olhar for voltado para frotistas, empresas de logística urbana, órgãos públicos, serviços técnicos e até produtores rurais, o cenário muda.

Com o crescimento da eletrificação no país, ainda que tímido, e a necessidade por veículos de trabalho eficientes e sustentáveis, essa picape pode sim ocupar um nicho muito interessante — ainda mais se for montada por aqui ou importada com algum incentivo fiscal.

Ela pode não brigar diretamente com Hilux, S10 ou Ranger, mas pode ser uma alternativa para quem precisa carregar mais volume do que peso, com o conforto de uma cabine dupla e a confiabilidade da engenharia alemã.


Considerações finais: um passo ousado e necessário

Imagem: Reprodução

A Volkswagen Transporter Flatbed DoKa chega como um divisor de águas no portfólio de utilitários da marca. Com versões diesel para quem ainda prefere o tradicional e elétricas para quem quer abraçar o futuro, essa picape mostra que é possível inovar sem perder a essência de robustez e funcionalidade.

Se você busca um veículo de carga com espaço interno para equipe, design moderno, boa tecnologia embarcada e um nível de eficiência elevado, vale a pena ficar de olho nesse lançamento.

Talvez ela não chegue ao Brasil tão cedo, mas uma coisa é certa: a indústria automotiva está mudando, e modelos como este mostram que a inovação não precisa seguir fórmulas prontas.

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